Literalmente, Dormindo no Ponto!

Confesso que o que o Raphael disse tem seu fundamento, para mim. Explico. Em geral, a maioria das grandes empresas e/ou corporações do mundo atualmente usam algum tipo de manobra ilegal ou não ética (se ainda não for considerada oficialmente ilegal), por menor que seja, na maneira como conduz seus negócios. Pode-se dizer que isso é discutível, mas muitos desses procedimentos são claramente desvirtuados. Por incrível que pareça, essas "maracutaias" nem sempre são descobertas ou, se forem, não são largamente divulgadas. O próprio Marketing divide uma linha muito tênue com a mentira, ou a "omissão de fatos".

Moro em Seattle (EUA) há 7 anos; sou Graphic Designer e trabalho muito ligada ao Marketing. Posso dizer uma coisa: a massa honesta, "trabalhadeira" e consumidora não tem nem idéia do que está por trás do FAZER DINHEIRO. Por viver no coração da maior economia capitalista do mundo, hoje é claro pra mim o conceito de "capitalismo selvagem" = dinheiro, dinheiro, dinheiro -- nos mais ínfimos processos, nas menores articulações, para que tudo se desenrrole de maneira lucrativa. Tudo feito com muita organização, viu? Não é essa robalheira amadora aí do Brasil não, que deixa os rastros pra ser descoberta... Estou, é claro, generalizando, pois também conheço empresas/grupos que conduzem seus negócios de maneira ética e que produz benesses a todos -- pela minha observação esses são geralmente os pequenos negócios. Quanto maior a corporação maior é o comprometimento, maiores são as perdas, maiores as ambições e os EGOS.

Nós sabemos quão robusta é a indústria do Futebol no mundo, e uma qualidade que o capitalismo não tem é o ROMANTISMO. Agora, eu lhe pergunto: você acha que a FIFA existe para que NÓS possamos nos divertir com futebol? Talvez, quando foi criada, mas definitifvamente NÃO atualmente. Você também acredita que um técnico experiente (1 vez campeão), como Parreira, trocaria o esquema tático do time no primeiro jogo realmente importante dessa competição? Você acha que ele esperaria até os 18 minutos do segundo tempo pra começar a fazer substituições? Se NÓS, que não somos técnicos profissionais, nos perguntamos durante todo o jogo do porquê daquela escalação, do porquê do "quadrado mágico" não estar completo em campo, do porquê de não começar a substituir muito antes do final do segundo tempo? Você acha que é aceitável que o Parreira não "percebeu" isso? O Parreira é incompetente, é burro por acaso? Se isso não tivesse acontecido e alguém me contasse eu ia achar que era piada, sem graça.

E uma última pergunta. Você também acha que jogadores experientes e comprovadamente talentosos como muitos na nossa seleção iriam simplesmente "esquecer" de como se joga? Você acha que eles realmente não tiveram interesse em mostrar o "jogo bonito" porque são celebridades? E porque será que eles mostram o futebol bonito deles lá na Alemanha, na Itália, na Espanha, mundo afora? O Barcelona, onde joga o Ronaldinho, não só ganhou o Campeonato Espanhol, como também o Europeu. Tudo bem, eles têm outros jogadores também, mas se a Espanha joga "tão bem", porque será que já está fora da copa? Se tem uma coisa que celebridade tem é EGO, e sair mal na foto ou ser parte de um vexame desses não é bem a prioridade deles, pelo menos não de graça. O Cafu já jogou coisa de 144 jogos, você então acha que ele não sabe que sem preparacão e sem treino não rola nada? Outra piada...

Não vou pedir a ninguém pra "abrir os olhos de ver" porque viver num mundo Romântico é muito mais agradável, mas tenho que dizer que o Romantismo no futebol (e em outras cositas más) começa e acaba nos nossos quintais, nas nossas garagens, nas nossa TVs e nos times de '58, '62 e '70. Tirando isso é BUSINESS, gente. É contrato, é "eu cedo aqui se você ceder alí", é dinheiro grande, e é MARKETING PESADO pra esconder tudo atrás das cortinas. De um lado nós, "trouxas" (como acham os homens de negócio...), criadores da energia maravilhosa das torcidas; do outro, os "cartolas" -- os businessmen -- tecendo a rede do "futebol que a gente não vê" ponteada com muita moeda de ouro. Pois eu não sou "expert" em futebol e posso até ser "trouxa" até morrer; o que eu não sou é CEGA e BURRA. FIFA, tá dando na cara, pô; da próxima vez, mais discrição por favor...

PS: vocês já viram o site, ENORME, que a Nike botou no ar a respeito do futebol Brasileiro? www.nikefootball.com -- Impressionante!

Mulheres

Mulheres,
cheguei como fui
sem riscado,
sem bordado
e sem dobrado.
Rolei e brinquei
sem perder a altivez
e sem tocar na bola da vez
mas tomando cachaça,
cerveja, vinho e
me lembrando de voces.

por Luiz Fernando Vasconcellos, meu pai.

Farra na Segunda

Hoje é segunda, pé de cachimbo que sobrou do Domingo. Dia pesado, entediantemente falando. No trabalho nem tanto o que fazer. Acho que só um drink resolve -- no Buenos Aires Grill, ouvindo um Tango maravilhoso. Porque será que Segunda é assim? Hoje eu não tenho interesse por nada, nem por ninguém. Nem tampouco algo interessante para dizer.

Foi por isso que há uns dois anos eu institui lá em casa a Farra na Segunda. Quase toda Segunda saio, vou pra boemia. Quando solteira, com uma amiga; agora casada, com o Steve. E graças a Deus ele também adotou a Farra na Segunda. No meu entendimento, é o pior dia da semana, com pouquíssimas exceções nos últimos anos. Parece que estou dormindo, só acordo na Terça. Na direção do meu cérebro não estou eu, só o desejo de que o calendário vire a página (bom, não exatamente -- o desejo mesmo é de estar dormindo).

Segunda é dia sem valia pra mim, é nulo. Será que existe mesmo? Espera aí... Faz sentido, pode ser que não exista, por isso a gente se sente assim meio perdido, como se estivéssemos num buraco do tempo. Olhe, por via das dúvidas eu vou começar a pular a Segunda-feira da minha semana agora. Pronto, chamo a maldita de Domingo-e-meio e está tudo acabado. Nem me lembro mais desse dia insosso. Façam o favor de não me ligar, nem de mencionar o nome da dita cuja. Tim-tim!

Caminho da Música no Corpo

Às vezes não acredito que a música entra pelo meu ouvido, vai até o meu cérebro, que manda um sinal pra os meus pés, que se movem perfeitamente dentro do ritmo que entrou nos meus ouvidos há frações de segundos atrás. Não, essa estória está mal contada: pé tem que ter ouvido, gente, senão não dá tempo... Como será que acontece?

Licença

Eu hoje estou me sentindo assim com permissão de me sentir bem. Aliás, desde ontem que eu tenho essa impressão. Deve ser porque briguei com quem DEVIA. Pra mim, briga adiada é comparável a quando uma casa cai; a gente se sente mal, mas quando vê que não há nada mais a fazer, tijolo quebrado não dá pra reutilizar, palavras ditas não podem ser desditas, é só relaxar e apreciar o momento. Porque o passado já era, lascou-se mesmo; e o futuro obviamente, também danou-se. É o que eu chamo de licença pra ser feliz.