Wednesday, November 16, 2005

Mulheres

Mulheres,
cheguei como fui
sem riscado,
sem bordado
e sem dobrado.
Rolei e brinquei
sem perder a altivez
e sem tocar na bola da vez
mas tomando cachaça,
cerveja, vinho e
me lembrando de voces.

por Luiz Fernando Vasconcellos, meu pai.

Monday, November 14, 2005

Farra na Segunda

Hoje é segunda, pé de cachimbo que sobrou do Domingo. Dia pesado, entediantemente falando. No trabalho nem tanto o que fazer. Acho que só um drink resolve -- no Buenos Aires Grill, ouvindo um Tango maravilhoso. Porque será que Segunda é assim? Hoje eu não tenho interesse por nada, nem por ninguém. Nem tampouco algo interessante para dizer.

Foi por isso que há uns dois anos eu institui lá em casa a Farra na Segunda. Quase toda Segunda saio, vou pra boemia. Quando solteira, com uma amiga; agora casada, com o Steve. E graças a Deus ele também adotou a Farra na Segunda. No meu entendimento, é o pior dia da semana, com pouquíssimas exceções nos últimos anos. Parece que estou dormindo, só acordo na Terça. Na direção do meu cérebro não estou eu, só o desejo de que o calendário vire a página (bom, não exatamente -- o desejo mesmo é de estar dormindo).

Segunda é dia sem valia pra mim, é nulo. Será que existe mesmo? Espera aí... Faz sentido, pode ser que não exista, por isso a gente se sente assim meio perdido, como se estivéssemos num buraco do tempo. Olhe, por via das dúvidas eu vou começar a pular a Segunda-feira da minha semana agora. Pronto, chamo a maldita de Domingo-e-meio e está tudo acabado. Nem me lembro mais desse dia insosso. Façam o favor de não me ligar, nem de mencionar o nome da dita cuja. Tim-tim!

Wednesday, November 09, 2005

Caminho da Música no Corpo

Às vezes não acredito que a música entra pelo meu ouvido, vai até o meu cérebro, que manda um sinal pra os meus pés, que se movem perfeitamente dentro do ritmo que entrou nos meus ouvidos há frações de segundos atrás. Não, essa estória está mal contada: pé tem que ter ouvido, gente, senão não dá tempo... Como será que acontece?

Licença

Eu hoje estou me sentindo assim com permissão de me sentir bem. Aliás, desde ontem que eu tenho essa impressão. Deve ser porque briguei com quem DEVIA. Pra mim, briga adiada é comparável a quando uma casa cai; a gente se sente mal, mas quando vê que não há nada mais a fazer, tijolo quebrado não dá pra reutilizar, palavras ditas não podem ser desditas, é só relaxar e apreciar o momento. Porque o passado já era, lascou-se mesmo; e o futuro obviamente, também danou-se. É o que eu chamo de licença pra ser feliz.